PostHeaderIcon No dia 10 de Novembro, faz 100 anos

No dia 10 de Novembro, faz 100 anos

que nasceu Álvaro Cunhal

 

No próximo dia 10 de Novembro faz 100 anos que nasceu Álvaro Cunhal. As comemorações do Centenário do seu nascimento estão a decorrer por todo o país desde o início do ano, sob o lema: vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro.

As iniciativas realizadas em torno da organização e da luta dos trabalhadores vieram relembrar e confirmar o contributo decisivo que Álvaro Cunhal deu para a unidade do movimento operário e sindical quando, partindo da observação da realidade, teorizou sobre a Frente Única da classe operária, considerando que da mesma forma que na luta reivindicativa nas empresas e locais de trabalho, se podia operar também a unidade dos trabalhadores na luta sindical.

Vieram relembrar e confirmar a extraordinária visão antecipada de Álvaro Cunhal, do que viria a ser a estrutura orgânica do que é hoje a CGTP-IN, quando no quadro da concretização daquela orientação, defendeu a constituição de comissões de unidade nas fábricas antecessoras das actuais Comissões de Trabalhadores, a necessidade de se avançar com formas de organização regionais, embrião das actuais uniões distritais e a realização de conferências sindicais, com o objectivo da constituição de um forte movimento sindical unificado à escala nacional, no sentido da edificação em Portugal de uma verdadeira central sindical.

Quando defendeu que o conteúdo fundamental da liberdade sindical é a liberdade de os trabalhadores decidirem livremente, com completa independência, da direcção, orientação e gestão dos sindicatos.

 

Por isso, como também defendia Álvaro Cunhal, encontrar a capacidade, a força, a iniciativa, a resposta criativa à nova situação e aos novos problemas no reforço de aspectos fundamentais da sua identidade, nomeadamente a sua natureza de classe, a sua autonomia, a sua unidade e a sua democracia interna, só é possível com o esforço máximo de ligação e participação dos trabalhadores, demonstrando que os sindicatos de classe não só são necessários como são mais necessários que nunca, é o caminho a prosseguir.

Como se pode verificar, os contributos e ensinamentos de Álvaro Cunhal, assumem-se também na actualidade, como valiosos instrumentos de luta dos trabalhadores e as suas organizações de classe pelos seus objectivos próprios, e constituem a base da convergência numa ampla frente social capaz de romper com a política de direita e construir uma alternativa política patriótica e de esquerda que valorize o trabalho, a efectivação dos direitos sociais e as funções sociais do Estado.

 

Continuar a luta com convicção, confiança, empenho e coragem pela demissão do governo, por eleições antecipadas e por uma nova política patriótica e de esquerda, é o caminho a prosseguir e a mais significativa das formas de comemorar o centenário de Álvaro Cunhal.

Actualizado em (Quinta, 02 Janeiro 2014 23:03)