A Direcção da Renault Cacia teve medo do quê?

Ontem, dia 4 de Setembro (véspera da visita, atempadamente solicitada), a Direcção da Renault Cacia veio recusar a visita às instalações da empresa, de uma delegação composta por representantes da Fiequimetal/CGTP-IN (Portugal), da CGT (França) e das CC:OO INDUSTRIA (Espanha), entre os quais membros do Comité do Grupo Renault.

Será que a Direcção teve medo que no decorrer da visita os trabalhadores informassem os membros da delegação da arrogância e prepotência da actual Direcção?

Ou, terá sido para impedir que os trabalhadores fizessem a denuncia dos ritmos intensivos de trabalho, do continuado assédio moral, da perseguição e repressão disciplinar sobre os trabalhadores que não cedem e lutam contra a retirada dos direitos laborais, pessoais e familiares?

Acontece que, mesmo com a recusa da referida visita, a Direcção da Renault Cacia, não conseguiu impedir a referida delegação de contactar com os trabalhadores.

Com efeito, hoje entre as 12.00 e as 15.00 horas a referida delegação esteve na entrada da fábrica a distribuir uma posição conjunta das três Federações, a ouvir as preocupações dos trabalhadores e a manifestar a sua solidariedade e comprometeram-se a, nos vários locais de trabalho e junto da Direcção Central da Renault, dar conhecimento da arrogância desta Direcção e a manter a intransigência na defesa dos direitos laborais, pessoais e familiares de todos os trabalhadores.


 

Aveiro, 5 de Setembro de 2017

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