Nossa Referência
73/2019
NOTA À IMPRENSA
1º MAIO 2019
AVANÇAR NOS DIREITOS! VALORIZAR OS TRABALHADORES!
No ano em que se comemorou o 45 aniversário do 25 de Abril e se assinala os 133 anos do massacre de Chicago, nos Estados Unidos da América, de que resultou o assassínio e a prisão de trabalhadores e sindicalistas, milhares de trabalhadores vindos de todo o Distrito, correspondendo ao apelo dos Sindicatos e da União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN, concentraram-se, hoje, pelas 15 horas, no Largo da Estação da CP em Aveiro, para participarem na manifestação do Dia Internacional do Trabalhador.
Tratou-se de uma manifestação animada, combativa e com força como comprovam as diversas palavras de ordem gritadas designadamente: “É Justo e necessário o aumento do salário!; Mais aumento salarial, menos pobreza laboral!; Precariedade é injusta, os jovens estão em luta!; 35 horas - para todos sem demoras!; Contra a exploração a luta é solução!; Direito à contratação está na Constituição!; O acordo laboral é bom para o capital!; O público é de todos! Privado é só de alguns!; É preciso investir pró país produzir!; Taxar o capital é urgência nacional!; 40 anos a descontar - reforma sem penalizar!; Mais salários - melhores pensões!; Saúde, Educação e Segurança Social é direito universal!; É inter, é jovem, é Interjovem!; O povo unido jamais será vencido!”.
Já no Largo do Rossio, João Ribeiro, dirigente da Interjovem, lembrou que Portugal mantém um nível muito baixo na qualidade do emprego e nos salários. Que, contra isso, a Interjovem irá continuar o combate à precariedade e a exigir aumento real dos salários.
Terminou, referindo que a juventude é a chama viva da Revolução e serão uma arma carregada de futuro que levará mais longe a luta, todos os dias nas empresas e nos locais de trabalho, para defender Abril, a democracia e a liberdade. Que no dia 26 de Maio levarão a luta até ao voto porque é preciso avançar nos direitos e num Portugal Soberano e com Futuro.
Adelino Nunes, Coordenador da União dos Sindicatos de Aveiro, começou por saudar todos os que continuam a lutar pela emancipação social, económica e política, por melhores condições de vida e de trabalho e por um mundo novo, liberto da exploração do homem pelo homem.
Saudou os trabalhadores em greve do Pingo Doce na Feira, do Continente, de Santa Maria de Lamas e de São João da Madeira, entre outros, pela exigência do encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados.
Fez uma saudação muito fraterna à Cristina Tavares, trabalhadora corticeira, que com grande firmeza e determinação, continua a lutar pelo direito ao seu posto de trabalho e contra o assédio e a repressão patronal.
Terminou, afirmando que não há política de Esquerda com legislação do trabalho de direita, por isso, é tempo de Avançar nos direitos, Valorizar os Trabalhadores, de aprofundar a reposição e conquista de direitos e rendimentos, de assegurar o aumento geral dos salários e de fixar o Salário Mínimo Nacional em 850€, a curto prazo, de lutar por uma Política de Esquerda e Soberana, comprometida com os valores e ideais de Abril e por um Portugal com futuro.
No final, foi aprovada uma Resolução, onde os presentes assumiram o compromisso de intensificar a luta reivindicativa nos seus locais de trabalho tendo por objectivos: O aumento geral dos salários de todos os trabalhadores e a fixação, a curto prazo, do Salário Mínimo Nacional em 850 euros; A revogação das normas gravosas da legislação laboral e a rejeição da proposta de lei laboral do governo do PS; O combate à precariedade nos sectores privado e público, garantindo que a um posto de trabalho permanente corresponda um contrato de trabalho efectivo; As 35 horas de trabalho semanal para todos, sem redução de salário, contra a desregulação dos horários, adaptabilidades, bancos de horas e todas as tentativas de generalizar a laboração contínua e o trabalho por turnos; O reforço do investimento nos serviços públicos, nas funções sociais do Estado e na valorização dos trabalhadores da administração pública, para assegurar melhores serviços às populações.
Decidiram, ainda, no dia 26 de Maio, nas eleições para o Parlamento Europeu, com o seu voto, impedir a eleição de deputados que defendem uma União Europeia, neoliberal, federalista e militarista. Os trabalhadores precisam de eleger mais deputados que defendam os seus direitos e interesses, contra as imposições e arbitrariedades da União Europeia, pelo que levarão a luta até ao voto, votando naqueles que sempre os apoiam, se solidarizam e estão de acordo com as suas reivindicações, anseios e lutas.
DIF/USA/CGTP-IN
Aveiro, 1 de Maio de 2019