Dia Nacional de Luta, contra a exploração e o empobrecimento.
Acabar com a política de terrorismo social.
Lutar por uma política de Esquerda e Soberana.
Cumprir Abril!
A União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN, integrado no Dia Nacional de Luta, contra a exploração e o empobrecimento, realizou no dia 1 de Fevereiro uma manifestação desde o Largo da Estação até ao Rossio. Os trabalhadores, jovens, reformados e pensionistas participantes na manifestação lutam pelo fim da política de direita, do terrorismo social e exigem a demissão do Governo, a realização de eleições antecipadas e a ruptura com o memorando da exploração e do empobrecimento que agride e humilha o povo e o país.
Durante a manifestação os trabalhadores gritaram palavras de ordem como; Fartos de aldrabões, queremos eleições; Está na hora, está na hora do Governo ir embora; O programa de agressão só aumenta a exploração; Este Governo do capital está a dar cabo de Portugal; Lutar, lutar, contra quem nos quer roubar; É preciso é urgente uma política diferente; Este Governo hostil quer destruir Abril; É urgente e necessário o aumento do salário; Lutar, resistir até o Governo cair; Defender a Constituição é nossa obrigação e Abril de novo com a força do povo.
Já no Largo do Rossio Joana Dias, dirigente da Interjovem, contestou a politica do governo para a juventude e denunciou a crescente exploração dos jovens trabalhadores, designadamente com o recurso sistemático aos contratos precários.
Adelino Nunes, Coordenador da União dos Sindicatos de Aveiro, na intervenção que produziu afirmou: “Estamos confrontados com um Governo que subalterniza a vida dos portugueses em nome dos especuladores, que fazem da dívida pública portuguesa a mais rentável para a duplicação da sua riqueza”.
“Um Governo que subjuga a soberania nacional aos ditames dos “mercados”, que nega direitos, liberdades e garantias fundamentais à generalidade da população, para engordar uma minoria que concentra cada vez mais riqueza, como o demonstram os dados que relatam o aumento em 11% do número de milionários em Portugal e da riqueza detida, só no ano de 2013, Américo Amorim duplicou a sua fortuna, que está avaliada em mais de 4,5 mil milhões euros”.
“Nós não desistimos, não nos acomodamos, nem nos calaremos. Este é um Movimento Sindical que Protesta, propõe, resiste, luta e conquista!”
“A luta é determinante para alcançarmos as nossas justas reivindicações mas também como factor de elevação da consciência social e política”.
“Uma luta que temos de levar até ao voto, fazendo das próximas eleições para o Parlamento Europeu um momento para mostrar o cartão vermelho aos que, lá como cá, estão comprometidos com a política que inferniza a nossa vida e hipoteca o desenvolvimento do país, fazendo também do voto uma arma para a construção de uma alternativa, de esquerda e soberana”.
“Uma luta que vai continuar e intensificar-se no mês de Fevereiro em todos os sectores de actividade e regiões, nos locais de trabalho e na rua, pela exigência de resposta às suas reivindicações laborais e sociais, com prioridade para o aumento dos salários, incluindo o salário mínimo nacional; pelo exercício efectivo do direito de negociação colectiva; pela defesa do emprego e o combate à precariedade; pelo cumprimento dos direitos consagrados na contratação colectiva”;
“Uma luta que terá ainda um momento alto do protesto e da indignação, na semana de 8 a 15 de Março, sob o lema “basta de injustiças e desigualdades”, e que terá uma ampla expressão nos locais de trabalho dos sectores sector público e privado, com greves, paralisações e outras formas de luta em todo o país, tendo como objectivo central a resolução dos problemas que afectam a vida dos trabalhadores, em articulação com a exigência da demissão do Governo e a convocação de eleições antecipadas, questão decisiva e inadiável para parar a ofensiva contra as Funções Sociais do Estado, o Poder Local Democrático e os serviços públicos e para defender as conquistas da Revolução de Abril, a Constituição da República e o Regime Democrático”;
Aveiro, 1 de Fevereiro de 2014.