Nota à Imprensa

Manifestação em Aveiro

Correspondendo ao apelo dos Sindicatos e da União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN, mais de dois milhares de trabalhadores vindos de todo o Distrito, concentraram-se hoje na Estação da CP em Aveiro, para participarem na manifestação, Contra a Exploração e o Empobrecimento e reclamar, Saúde, Educação e Segurança Social para todos!

Decorrente da situação social que se vive no país e no distrito, as palavras de ordem mais ouvidas foram, entre outras: “assim não vai dar sempre os mesmos a pagar; a luta continua troikas para a rua; o pacto de agressão só aumenta a exploração; o país não se endireita com a política de direita; banca a lucrar o povo a pagar; o país não se endireita com políticas de direita”.

Já no Largo do Rossio, na sua intervenção, Isabel Cristina da Comissão Executiva da CGTP-In saudou todas as mulheres, homens e jovens que hoje levantam a voz contra a resignação, o conformismo, o empobrecimento.

Saudou a resistência e a luta dos jovens trabalhadores, vítimas da precariedade e do desemprego, a quem a emigração é impingida e servida como o “prato do dia”; dos desempregados a quem é negado o direito ao trabalho e à protecção social condigna.

Disse que os trabalhadores e o povo há um ano e meio que sofrem com a austeridade, enquanto os do costume continuam a engordar, à custa do aumento da exploração e do empobrecimento generalizado da população;

Por isso, disse, a CGTP-IN convoca os homens, mulheres e jovens para a Acção Geral de Protesto, Proposta e Luta, a ter lugar nos meses de Fevereiro e Março, com a realização de greves, paralisações, concentrações e manifestações em todo o país, com expressão nos sectores público e privado, adiantando as datas e sectores onde já estão decididas e em andamento um conjunto de formas de luta.

Joana Dias, Dirigente da InterJovem, leu uma resolução que foi aprovada pelos manifestantes, referindo que em consequência das políticas de direita, o Distrito de Aveiro vive uma situação económica e social gravíssima, afirmando:

Temos cerca de 90.000 mil desempregados no distrito dos quais mais de 70% não recebe qualquer prestação de desemprego (mais de 35% são jovens com idade inferior a 34 anos; milhares de pessoas a viver em pobreza extrema ou no limiar da pobreza; milhares de crianças que vão sem comer para a escola; milhares de casos de entrega das habitações aos bancos, assim como milhares de processos instaurados por não pagamento da água e da luz, por falta de condições económicas.

São igualmente, milhares de utentes do SNS que não têm médico de família, não marcam consultas e não compram medicamentos por não terem recursos e está em curso mais um brutal ataque ao que resta das funções sociais do Estado, que concretizar-se deixaria uma grande parte da população num verdadeiro estado de necessidade.

DIF/USA/CGTP-IN

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