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PostHeaderIcon Posição da União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN, enviada à Empresa Amorim Revestimentos S.A.

Posição da União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN, enviada à  Empresa Amorim Revestimentos S.A.



A Direcção Distrital da União de Sindicatos, CGPT-IN, tomou conhecimento que a Administração da empresa Amorim Revestimentos, decidiu instaurar processos disciplinares a quatro trabalhadores (de entre os quais um Dirigente Sindical) com a suspensão imediata de dois.

Tomámos igualmente conhecimento, que o argumento invocado se relaciona com situações que teriam ocorrido à porta da empresa no dia da Greve Geral de 24 de Novembro de 2010, argumento que não colhe, porque além do mais, a Administração não tem poder disciplinar sobre os grevistas.

E não colhendo, é legítimo concluir que na realidade se trata de uma atitude de retaliação pela luta que os trabalhadores têm  desenvolvido nos últimos tempos contra a crescente intimidação, repressão, e exploração dos trabalhadores, que gerou e continua a gerar justa indignação e mal estar na empresa, a que também não é alheio o facto de os trabalhadores e a sua organização, não verem correspondidas as reivindicações no sentido de exigir respeito e a melhoria das suas condições de vida e de trabalho.

Ou seja, o Grupo Amorim, que tem tido lucros colossais à custa fundamentalmente dos trabalhadores e recebido apoios públicos, ao invés de corresponder, como é sua obrigação, ás justas reivindicações dos trabalhadores, responde com mais intimidação, mais repressão e mais perseguição.

Trata-se de uma atitude condenável e totalmente inaceitável para um grupo empresarial com a responsabilidade social que tem no País e para a imagem internacional que pretende consolidar.

E sobretudo incomoda, que um grupo dessa dimensão se dê à desvergonha e à mesquinhez de utilizar tais métodos, e de chegar ao ponto de os principais responsáveis pela empresa se terem levantado cedo no dia da greve geral, para se constituírem numa espécie de “piquete” intimidatório e anti-greve. Isto só mesmo em Portugal…!

A Administração já devia ter percebido que faz mal em pensar que pode impor impunemente na empresa, uma concepção de relações laborais tipo feudal, onde só tem lugar a velha divisa do “quero, posso e mando”.

Neste quadro, a União dos Sindicatos de Aveiro CGTP-IN, não pode deixar de lamentar e de repudiar profundamente o comportamento da empresa e em nome do bom senso, reclamar o arquivamento imediato dos processos instaurados.

Também neste quadro, queremos dar nota da nossa total disponibilidade para prestar solidariedade à organização e aos trabalhadores, nas acções de luta que considerem necessárias à reposição da justiça e da legalidade.

Na expectativa, de que esta nossa tomada de posição possa ser um contributo na direcção da criação de um clima de relações laborais baseado na lei e no compromisso,

Cumprimentos,


UNIÃO DOS SINDICATOS DE AVEIRO
Joaquim Almeida

Actualizado em (Quinta, 17 Maio 2012 12:27)