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PostHeaderIcon Não ao trabalho forçado

18 de Janeiro *15Horas* Assembleia da República

Não ao trabalho forçado!

 

No dia 18 de Janeiro, Dirigentes e Delegados Sindicais de todo o país, deslocam-se a Lisboa para participar no desfile desde a rua Carmo até à Assembleia da República, com o objectivo de proceder à entrega de milhares de pareceres contra o trabalho à borla, recolhidos e aprovados nos locais de trabalho.

Com efeito, a proposta de lei n.º 39/XII  que estabelece o aumento dos períodos normais de trabalho sem acréscimo de retribuição, é uma proposta que visa regredir  as relações de trabalho ao tempo do feudalismo, instituindo em pleno século XXI a "corveia", ou seja, a prática que naquela época medieval obrigava os servos e os camponeses a prestarem trabalho gratuito durante parte da semana ao senhor feudal ou ao Estado.

O aumento do horário de trabalho em 2,5 horas por semana não pagas, representaria um roubo aos trabalhadores portugueses de mais de 1.700 milhões de euros,  a redução do valor hora, o despedimento de mais de 240.000 trabalhadores, o aumento do trabalho precário, o retorno do trabalho, o fim de semana e nos dias de folga, o aumento da sinistralidade laboral, a desorganização da vida familiar dos trabalhadores.

O estafado argumento do patronato e do seu governo, que já tem barbas brancas, do aumento da competitividade das empresas não colhe, porque os custos salariais das empresas representam entre 15% a 30% dos custos totais (varia de empresa para empresa).Isto significa que o aumento do horário de trabalho determinaria uma redução nos custos totais entre 0,9 e 1,8%,não é por aqui que se resolve os problemas da competitividade. Por isso o argumento do patronato e do seu governo mais não visa que esconder o verdadeiro fundamento... mais uma medida para aumentar os lucros do capital à custa do aumento da exploração dos trabalhadores.

A luta contra esta medida ignóbil só agora está a começar. No dia 18 vamos protestar na Assembleia da República, no dia 21 de Janeiro, na Marcha dos trabalhadores têxteis desde o Vale do Ave até à Cidade de Guimarães, vamos resistir e impedir a sua aplicação nas empresas.


Aveiro, 12 de Janeiro de 2012


A Comissão Executiva da União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN

Actualizado em (Quinta, 01 Março 2012 20:45)